sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Poema: A VONTADE E CONTRA A VONTADE



A VONTADE E CONTRA A VONTADE


O amor é como uma flor
Que nasce no deserto
Sobre a areia quente
Com pouca,
Ente nenhuma forma de alimento.
Nasce contra a vontade
E a vontade.
Como se fosse querido e aguardado (...)

O amor vem sem pedir licença
Como as lágrimas
Que já foram derramadas
Em outras noites solitárias
Por conta da dor
Da perda de outro amor
Tenha sido ele incomodo,
Ente bem vindo.

Parece fácil
Então não é,
Pois depois de muitos fracassos no amor
A grande maioria das pessoas
Que são abortadas
Por esse novo tipo de angustia
Pensamentos (...)
Ficam com algum tipo receio
Principalmente de se envolverem novamente.
Criam certa fobia
Não querem voltar a se machucar
Pois o amor sempre é passageiro
Em suas vidas
O amor finca um marco e desaparece
No tempo, no meio da noite, durante o dia (...)
Deixando apenas a dor da lembrança

Fracassos são constantes
Principalmente quando não se fracassa
Embora o fracasso de perder a pessoa quisesse
Não seja um fracasso
Apenas a impressão
Imensamente maior a qualquer outro.

E com isso
Cria-se
Certa defesa natural
Para enfim afastar
Qualquer tipo de sentimento
De afeição,
Ligação com outro alguém
E tudo
Para que não passe o resto dos dias
Procurando em outros lábios
Os beijos trocados
Para não buscar o mesmo toque
Em outras mãos.

Só que tal luta tola
Mesmo que não pareça
Alimenta esse novo sentimento estranho,
Que cresce a vontade
E contra a vontade
Ele é maior que à vontade de renegá-lo
Pois não se tem como impedir
Que razão e emoção
Fiquem em lugares diferentes.
Então os receios são esquecidos
Abandonados no tempo

E um novo rio nasce
Para enfim alimentar
A flor que nasceu em meio ao deserto
Fincando um novo marco
Deixando a esperança
De não sumir, ao e com o tempo.


Autor: Welton Machado Guimarães

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