quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Poema: Quando a tarde cair

Quando a tarde cair




Quando a tarde cair
Junto a toda aquela calmaria
Segurarei meu fôlego
Buscando o horizonte a minha frente
Observando a leves passos
Seu caminhar por sobre a areia fina
Chegando mais e mais perto
Cruzando milhares de olhos atentos
Assim sendo a hora chegada
Afirmar com a alma
O quanto quero passar a vida ao seu lado
Em um gesto unico
Em uma unica palavra
Que por mais alguns instantes
Permanecerá presa a minha garganta




PS: Poema inacabado


Autor: Welton Machado Guimarães
Criado em: São Paulo, 15 de Março de 2009

Poema: Nem mesmo



Nem mesmo



Nem mesmo a escuridão de dias não tão bons
Conseguiram ofuscar o brilho de teus olhos
Do qual guardo em meu coração
Como o mais leve alvitre prima

Nem mesmo a privação de você
Conseguiu desvanecer as lembranças de nossos momentos
Do qual conservo em minha essência
Quão a mais terna das lembranças

Nem mesmo os malfazejos tempos
Conseguiram denegrir nossos pensamentos
Dos qual sempre lembrei com bons tentos
Qual forma de nuvens em dia de contemplar

Nem mesmo outras épocas
Conseguiram tomar lugar as nossas épocas
Das quais tem morado em meu coração
De tal feitio a não deixar evadir-se

Nem mesmo a quem doei meu coração
Conseguiu fazer jus a
Já que buscavam o que não aprovavam
Pôr fim oferecendo um espaço em branco

Nem mesmo à longitude
Conseguiu fazer esquecer-te
Pois meu coração sempre esteve ligado a ti
A tal maneira de sempre nos juntar

Nem mesmo outros belos frontispícios
Conseguiram o mesmo que ti
Visto que não me habitavam
Dirigindo-me sucessivamente a regressar
Buscando ser bem-querido




Autor: Welton Machado Guimarães
Criado em: São Paulo, 28 de Março em 2005

Poema: Sorrir e chorar


Sorrir e chorar



Hoje choro, mas não por que vós me fizestes chorar
Mas por ter feito você chorar
Não quis te magoar, mas assim o fiz
Quis te fazer feliz, mas não consegui
No auge da minha plenitude ao invés de te fazer sorrir
Fiz-te triste, fiz ficar-te  chorosa.

Choro teu que me sangra o peito
Choro que não deveria sair de teus olhos
Que um dia me fez feliz, hoje me faz triste
Sinto-me pesar em tua vida
Sinto lhe ter feito mal que não deveria ter sentido.

Não sou digno de sua amizade
Muito menos de suas lagrimas
Se tivesse que pagar pelo que fiz
Queria poder agora pagar com minha vida
Mas mesmo desta forma não seria o bastante.

Meu coração dói, mas o seu também
Minha alma já não quer mais te fazer sofrer
Meu silêncio seria mais honroso se tivesse te feito feliz
Minha simplicidade em escrever não vai apagar o que fiz
Mas alimentar, o que semeie de mal.

Se um dia disse que gostei de você
Sinto muito, mas não está correto
Eu disse que adorei a sua pessoa, menti
Algo aqui que não lhe falei
Amo você, amarei você sempre
Mas agora não posso continuar a te fazer infeliz.

Quis um dia muito estar perto de você
Hoje não quero, mas
Quero seguir meu caminho de dor sozinho
Solidão que me fará bem
Bem que não pude te fazer.


Autor: Welton Machado Guimarães
Criado em: São Paulo, 22 de março de 2003

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Poema: Reação Cognitiva


Reação Cognitiva


Fóra com o descrever de Pablo
Que em um manhã de outono
Percebi que não mais amanhecia
Tanto pouco escurecia
Percebi que o mesmo riso
Que me corromperia
Era o que me salvaria
Por que não sei dizer adeus
Às Borboletas que se escondem
Voando baixo pelo meu jardim
Não sei se é o azul do céu
Talvez seja o vermelho da terra
Ainda que sejam as baquetas melódicas
Que estão a me hipnotizar
Minha clareza se deve
Em boa parte por seu sorriso
Que ilumina minhas tardes
Correndo em direção à noite 
Salpicada de pequenos pontos ao longe
Em uma constelação luminosa
Formando o contorno de seu rosto 
No fundo dos meus olhos
Escondida nos meus pensamentos
Uma verdade pulsa latente
Existe alguma força saindo de você
Me chamando a despertar
Depois de um longo período em inércia
Vejo nossos lábios
Como a dois Rios que se encontram
Misturando suas águas
Levando e deixando um pouco de si
Até o desembocar bem ao longe da costa
Junto ao profundo oceano 
E à todos os seus segredos guardados
Tornando-se apenas um único...
... forte e resistente laço.



Autor: Welton Machado Guimarães
Criado em: São Paulo, 02 de abril de 2009

Poema: Borboleta de Marte



Borboleta de Marte


O tempo passa tão rápido
Que às vezes parecemos
Não o estar aproveitando-o como deveríamos
Entre desilusões e ilusões
Encontramos um ao outro
Mesmo dentro de nossas discordâncias
Encontramos a concordância
O tempo passou tão rápido
E com ele foi-se um ano
Mesmo o tempo estando contra nós
Estivemos um a favor do outro
Companheiros e cúmplices
Em um caminho cheio de espinhos
Que feriram nossa carne
Despertando em nós a paciência
Dando-nos a sabedoria
Para sabermos viver e conviver juntos
Em muitos momentos
Nossas diferenças foram mais explicitas
Nossas vontades rumaram para diferentes pontos
Quis te dar tudo
Porém só pude te oferecer meu amor
Minha companhia
Sem mais o que ter para te oferecer
Entreguei-te um amor devoto, sereno
Assim como mar
Meu amar é agitado, controverso
Calmo pela noite
Revolto pelo dia
Seguro para o seu estar




Autor: Welton Machado Guimarães
Criado em: São Paulo, 17 de maio de 2011