quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Poema: Órbitas


Órbitas 




Nossos mundos são diferentes
A visão do que almejamos
Singularmente tem suas relevâncias 
Nossos pensamentos são diferentes
Incompreensivelmente parecidos 
Sem se importa onde esteja
Sem se importa o que esteja a fazer
Vejo ser tão capaz de afirmar que:
Não importa nada além do se quer ter
O que na verdade importa
Que quando você beija outro alguém
Fecha os olhos a querer beijar os meus lábios
Sem ser o meu beijo
Sem ser o toque quente da minha boca
Sem se estar envolvida nos meus braços
Sendo comprimida contra meu corpo
Vislumbrando noites sem fim
Que se seguem do cair da tarde
Onde o sol se põe por de trás de vastos campos verdes
Imergindo tudo a seu redor
Num dourado esplendido que surge do horizonte
Abrasando seu corpo enlouquecido
Por pensamentos insaciáveis pela tentação
Que adoraria a ter de frente...
Se o ser feliz for estar só 
Quero sempre estar frente ao pôr-do-sol
Então prefiro neste devasso agora
Poder ter a morte da angustia
Pela ponta da minha espada desembainhada 
As areias correm na direção oposta da ampulheta 
Acumulando experiência
Discernindo o amanhã sem um futuro bom
Dentre tantas palavras secas e vazias




...
Autor: Welton Machado Guimarães
Criado em: São Paulo 9 de fevereiro de 2008

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