quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Poema: Estações da minha Vida



Estações da minha Vida




Como são tristes as minhas noites de outono
Sem aquela centelha que me incendiava por dentro
Que me invadiu e me tirou a direção da vida
Depois que se apagou com o brilho da última estrela
As noites nunca foram às mesmas
Durantes as noites em branco e preto, feito fotografia...
Parecia ser como um universo particular
Nessas noites, tudo era perfeito, tudo se concretizava.
Esteve lá, fora de alcance, brilhando, brilhando...
No longínquo espaço de outro céu
Agora beirando o inverno, tudo é tão imperfeito
As noites são tão vazias e silenciosas
Esses olhos parecem duas lagoas transbordando
Onde o brilho da noite se perdeu
Nem mesmo o Luar a me contemplar
Tudo e tão escuro olhando de onde estou
O céu não tem estrelas, nada para me guiar
Sem destino, sem caminho, só tem espinhos...
Em breve o dia nascerá anunciando uma nova chance
Esperando que do ontem só reste o pó
Uma fina camada de cinza que leva o nome de tristeza
Removida com alegria, ação de plena maestria
Assim que o inverno passar
Se ainda nesse coração houver pulsar
Os olhos deixaram de serem lagoas a transbordar
Tornando-se rios que correm em direção ao mar
Desaguando no equilíbrio que flui compassado
Gerando dias gratificantes
Alimentando a margem eufórica
Onde todos se encontram uma hora ou outra...
Aquele que nunca tiver duvidado
Foi por que nunca sentiu falta de perder o fôlego
Quando o verão chegar e a primavera já tiver passado
Quero me perder em um olhar de mistérios
Para voltar ao outono de abraços apertados e acalorados
Assistindo ao anoitecer com novos olhos


...
Autor: Welton Machado Guimarães
Criado em: São Paulo, 02 de junho de 2009

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